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Patrocínio esportivo: relação comercial justa e lucrativa, ou esmola emotiva?



A ideia de que temos do que é, ou pelo menos de como deveria ser um patrocínio esportivo, principalmente aqueles principais os chamados patrocinadores de camisas, é que seja uma troca de marcas que se auto promovem entre seus torcedores e clientes em comum ou não, haja vista o potencial emocional que o esporte e especialmente o futebol exerce no nosso país.

Seja num grande centro econômico como São Paulo ou numa pequena cidade como a nossa. O que nos deixa perplexos é que quando paramos para analisar mais friamente os patrocinadores que se anexam ao nossos clubes, damos de cara com uma realidade no mínimo estranha, muitas vezes essas relações que deveriam serem comerciais, são na verdade de cunho passional, ou seja os empresários muitas vezes por não suportarem ver seus clubes do coração na pindaíba, meio que sustenta-os com sua marcas. Um fato que pode até a primeira vista parecer bonito e encantador, mas por outro, demonstra o trágico estado em que o esporte que representa nosso espírito de vida se encontra; falido sem forças para andar com suas próprias pernas, resultado de uma falta de ação e compromisso que começa ainda na prática amadora do esporte, em sua imensa maioria os dirigentes e esportistas em geral sempre estão à espera da iniciativa pública seja para realizar torneios, custear participações em eventos regionais e o pior e mais cômico para não dizer fúnebre ápice deste modelo de gestão esportiva, até para uma simples confecção de um uniforme se espera apoios de uma prefeitura.

É lamentável. Posto isso, e seguindo aquela máxima de que tudo se aprende em casa com os pais e não na rua ou na escola, assim como na vida social, na vida esportiva a coisa também funciona assim. Se no amador não existem ações concretas de se estabelecer uma relação lucrativa e sustentável de negócios justos e positivos para ambas as partes, quando chegamos até o profissional a coisa não muda de figura, aliás, por vezes piora.
Presidente da Unimed Rio é tricolor fanático
É até triste saber que o campeão brasileiro, um dos melhores elencos do país e portador de uma grande marca, passa por uma crise financeira, tendo em 2011 um dos piores arrecadamentos entre os clubes da primeira divisão. O time carioca “vive as custas” da Unimed, ou mais especificamente de Celso Barros, presidente da empresa no Rio de Janeiro e torcedor apaixonado do Flu. Se o Fluminense que se situa no grande centro do país, o Sudeste, vive essa situação imagina os do Nordeste, ou melhor, não imagine pegue um jornal, abra um site de esporte ou atente-se as resenhas esportivas do rádio potiguar e verá Alex Padang “sustentando” o América de Natal com seus Cavaleiros do forró, Jair Queiroz proprietário do Hiper Queiroz torcedor ferrenho do Baraúnas e seu constante apoio ao tricolor mossoroense.

Não estamos dizendo que amor não seja revertido em incentivos ao esporte e ao seu time do coração, o problema é que isso virou a regra, times geralmente patrocinados por empresários loucamente apaixonados por suas agremiações não fazem funcionar seus conselhos fiscais, as contas nunca fecham e o final da história é sempre igual ao do campeão brasileiro, na melhor fase de sua história dentro de campo vive uma lastima fora dele. E cada vez mais ganhar dentro de campo não é em si, o suficiente, qualquer hora um elenco se desmancha, os atletas vão-se, ficam as dívidas, faltam parcerias nos diversos setores do clube, vem-se uma crise dentro de campo a torcida começa a vaiar e o destino é uma segunda, terceira e divisões abaixo..., muitas vezes restando-os o tapetão que cada vez mais se ver graças ao bom Deus diminuindo em nosso futebol e aí times tradicionais sucumbem ao buraco negro das quartas divisões do brasileiro ou até mesmo nem isso, como já aconteceu com muitos, Paysandu e Remo são apenas exemplos de dezenas que tiveram esse caminho.

Falta e muito, consciência e gestão no futebol brasileiro, falta tomar definitivamente vergonha na cara e fazer valer um esporte organizado para depois não ficarmos chorando pelo leite derramado, uma copa do mundo que só vai gastar o dinheiro público em estádios que serão elefantes brancos após ela, sim serão!, mas e os times brasileiros que seriam o motor do futebol?, Não são eles em sua grande maioria elefantes brancos na maior parte do ano?, Fazemos, pois alguma coisa ou estaremos sujeito ao amadorismo para todo o sempre.

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